A mídia nos media.
Não tem mais como escaparmos à ela. A mídia já está presente em todos os aspectos da nossa vida cotidiana e permeia nossas experiências diárias sejam elas pessoais ou profissionais: telejornal da manhã, da tarde e noite. Talk shows, filmes, novelas e programas de auditório. Jornais impressos, portais, sites e revistas. Emails e as famosas redes sociais.
De um jeito ou de outro a mídia representa uma dimensão essencial da nossa experiência de vida, contemporânea. Dependemos dela impressa ou eletronicamente para os mais diversos fins de informação e entretenimento. Não vivemos mais isolados e partilhamos conteúdo o tempo todo de modo interativo ou não.
Fato é que a mídia convive conosco de maneira intensa e insistente permeando nossas ideias, imaginário, relações, gostos e comportamento, bombardeando-nos a todo momento com mais imagens e informações. Por este motivo devemos ter o máximo de atenção e cuidado com o a sua lábia.
Devemos nos questionar sobre o que a mídia nos faz e o que fazemos com ela. Ela de fato reflete a nossa realidade; ou molda outra construída através de seus interesses e significados? Quantas vezes nos identificamos com personagens e situações de novela e desejamos ter participado de tal ou qual experiência assistida? Quantas vezes tomamos partido em uma polêmica defendida por um artista famoso e agregamos sua opinião a nossa como referência? Quantas vezes tomamos como verdade o que a mídia divulga? Quantas vezes levamos para nossas rodas de amigos as discussões em pauta nas manchetes dos principais veículos de comunicação?
Podemos e devemos preservar uma distância crítica da mídia para que não sejamos alvos fáceis de manipulação do interesses de poucos e do mercado. Para que a mídia não nos diga como pensar, como agir e o que falar. Mas que possamos ser livres e independentes para exprimir nossas idéias e opiniões exercendo a comunicação do nosso próprio jeito, segundo a nossa própria vontade e realidade.
Transformemos a quantidade de informações e imagens que recebemos diariamente em qualidade de informações e imagens. Mais do que transformar, por meio da leitura crítica e consciente, devemos estudá-la, para entendermos como age e agirmos por nós mesmos.
A mídia é uma extensão do homem, como sabiamente já conceituou Marshal McLuhan. Uma extensão como próteses que aumentam o nosso poder, influência, conhecimento de mundo e de nós mesmos. Influência que pode ser usada tanto para a exploração do escândalo quanto para o compartilhamento do construtivo. Por isso nos façamos ativos e independentes. Uma alternativa à manipulação midiática, das grandes Redes de Comunicação.
A mídia, mesmo com suas possibilidades benevolentes, também se trata de um meio e processo de intervenções técnicas e de compreensão, construída através da manipulação da realidade. Portanto, muita ATENÇÃO!
Para fomentar o debate e esclarecer questionamentos - http://www.intervozes.org.br/ Coletivo Brasil de Comunicação Social. Organização que trabalha pela efetivação do direito humano à comunicação no Brasil.
